quinta-feira, 3 de novembro de 2011

INTROJEÇÃO NÃO É INJEÇÃO (parece)

Não tem nada a ver com injeção, mas com certeza é algo para dentro. Esta é a primeira das palavras do glossário básico para se entender natau, a cidade de futuro insosso e noioso. Pela Wikipédia (a coisa mais consultada depois da Bíblia e dos resumos de novela) ficamos sabendo que:

Introjeção designa em psicologia e, mais especificamente, na teoria psicanalítica o processo pelo qual a criança incorpora os valores dos pais e da sociedade, transformando-os em seus. Na teoria psicanalítica a introjeção desempenha um importante papel na formação do superego.

 Em outras palavras, a introjeção não é apenas algo que entra, fica um tempinho e depois se manda. É uma coisa que pode entrar e nunca mais sair (como um vírus sem cura ou má-fama), mas que decididamente veio de fora.
Se você nasceu moreníssima e tem cabelos escuros, morra moreníssima. É melhor do que forçar as madeixas na chapinha e esticar sua capacidade de ser bionda às custas da Wella. Os resultados normalmente são inesperados e deixam as pessoas com cara de cópia de barbie feita em bonecas de pano ou palha. O mecanismo de introjeção é aquele negócio que torna uma mera aspirante a patricinha em forte candidata à homicida após duas ou três sessões de CSI em campus de Las Vegas ou Los Angeles. Também é fácil de ser identificado em boys que jurando questionável fidelidade à humanidade, após uma sessão-porrada tipo  Rambo, saem por aí distribuindo socos e tiros a torto e a direito como se estivessem num Vietnã suado.
As vezes (por direito ou por defeito) a candidata a brinquedo estragado da Estrela pode se transformar num espécie de anteprojeto fusion de bionda com torrada, e o mini-Rambo pode facilmente se transformar numa espécie de Bambi alucinado.
Introjetar é botar dentro de você aquilo que não é seu e nem jamais será (exceto momentaneamente). É um artifício para construir uma imagem pessoal significativa a partir da qual surgirá a persona social.
Capisce?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

EDITAL

Não faço a menor idéia se isso vai ir em frente ou não, assim como também não sei o quanto vai desagradas aos ufanistas de plantão. Mas, fiquem certos que esse vai ser o lugar para escrever coisas tão características desta que se considera a metrópole mais+mais do planeta. Também presumo que parte das análises a serem publicadas serão um misto de críticas abjetas do objeto (um tipo de CSI sócio-comportamental) e tudo o que for impossível de se perceber na Babel desalinhada. Vamos falar de comida (bem ou mal feita e digerida), roupa (bem ou mal costurada e vestida), notícias das perdas ambientais, intrigas científicas e, é claro, endereços úteis para quem quiser ir em frente.
O tema central é malhar da maneira mais ácida possível tudo o que for presunçoso e arrogante na comunidade local.